quarta-feira, 24 de julho de 2013

Crónica: Faça um investimento seguro… compre lingerie


                                                    
 
 
Independentemente da importância que lhe queiramos atribuir, não vale a pena contrariar o inegável: todas as mulheres usam roupa interior (bem, pelo menos, quase todas, quase sempre).
A roupa interior é o primeiro passo para nos sentirmos confortáveis ou para nos sentirmos muito desconfortáveis.
Na hora de escolher uma roupa interior vale a pena perder um bocadinho de tempo e até mesmo ter algum aconselhamento para escolher as peças certas para o nosso corpo. Todas as mulheres são diferentes e se, mesmo as modelos, para pousarem nos catálogos e desfilarem nas passerelles, precisam que a roupa seja ajustada aos seus corpos, não será normal dedicarmos um bocadinho de atenção quando escolhemos um acessório que vamos vestir o dia inteiro, tantos dias da nossa vida?
Peças para todos os corpos e aconselhamento personalizado podem não existir em todas as lojas mas existem em algumas, por isso vale a pena procurar.
E se, indiscutivelmente, o mais importante, no que toca à lingerie é que seja confortável, evidencie o melhor que há em cada mulher e disfarce o pior que há em cada uma, não podemos ignorar o seu poder para apimentar uma relação. Se já Freud explicou a ligação da lingerie com o erotismo, como um fetiche, a criação de um desejo, quem somos nós para contradizer o grande mestre da psicanálise?
O surgimento das primeiras peças de lingerie remontam ao segundo milénio a. C.. Mais do que mera roupa íntima, há muito que a lingerie é, simultaneamente, uma verdadeira arma de sedução com a capacidade de aguçar os mais ousados desejos masculinos, instigando a curiosidade e a imaginação. É um jogo onde a mulher dita as regras, deliberadamente ou não!
A lingerie mostra e ao mesmo tempo esconde aquilo que o homem mais quer ver. Ou talvez não queira, uma vez que sensualidade não é sinónimo de nudez. Uma lingerie sexy pode ser mais excitante do que um corpo despido. Daí, coexistirem, nos nossos dias, com as tangas e o fio-dental, as tradicionais cintas, saiotes, combinações, cintas-liga e os espartilhos que se mantém como símbolos de sexualidade.


                                   

No entanto, quando falamos em erotismo e em fetiche, não é só ao maravilhoso mundo do imaginário masculino que nos referimos. A lingerie tem o poder de desenvolver a autoconfiança feminina pois a mulher sente-se poderosa e desejada. E de facto, tem motivos para isso! Ao vestir um cinto-liga ou um espartilho bordado, qualquer mulher encarna a personagem de sedutora. Eu diria mesmo, de predadora e não há homem que lhe possa resistir!
Vestir uma lingerie sexy é exaltar o que de mais feminino pode haver numa mulher! E engane-se quem associa essa sensualidade à vulgaridade!
Bordada, rendada, estampada, lisa, transparente, com lacinhos, há-a para todos os gostos, tamanhos e idades. As lojas podem apresentar novas coleções todos as estações mas não podem deixar de acompanhar os gostos que, aparentemente, neste campo, não se alteram assim muito. Embora não tenha encontrado trabalhos científicos dedicados ao assunto, os estudos de mercado apontam para os tradicionais preto e vermelho como as cores de eleição dos homens. E quem é que não se rende, ainda hoje, a uma bela peça de estilo burlesco?
A lingerie é, de facto, a grande arma de sedução e conquista. No entanto, a intimidade é algo que um casal constrói, em conjunto, e que não depende de convenções sociais nem de modas. Namorar é sempre maravilhoso, seja em que fase da vida for, independentemente da idade que se tenha. Em todas as fases da vida é possível obter prazer sexual e a confiança e o grau de conhecimento que o casal adquire, ao longo dos anos, permitem uma maior satisfação e prazer, não obstante as alterações biológicas e fisiológicas inerentes ao processo de envelhecimento.
                                                             
 
Um homem e uma mulher que se amem fazem-no de forma inteira e completa, muito para além da idade, das rugas, de todas e quaisquer limitações físicas e psicológicas e, claro, de qualquer peça de lingerie.
Além disso, na rotina das mulheres “reais” é muito natural que não haja tempo, nem disposição para conjugar peças de roupa interior ou para vestir acessórios pouco confortáveis. Ainda assim, são essas mesmas mulheres “reais” que têm necessidades “reais” tais como se sentirem desejadas, sensuais, femininas e bonitas.
Quanto a mim, vejo a lingerie mais sensual como um jantar romântico ou uma viagem… quando um homem e uma mulher se amam, para se sentirem felizes um com o outro, basta estarem juntos. Não precisam de comemorações, de festas, de passeios, nem de prendas valiosas. Mesmo assim, sair de vez em quando num programa a dois, gravar o percurso do casal com momentos especiais que se eternizam e ecoam para sempre nas suas memórias conjuntas, é mimar e cuidar da relação e isso não pode ser, outra coisa senão algo muito, muito bom e recomendável!
Isso é viver a vida!
Ana Rita Janeiro

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